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A Origem da Maldição dos Mortos-Vivos
Fear not the dark, my friend, and let the feast begin
Vamos começar analisando as estátuas abaixo, elas serão base para todo este artigo:
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Dark Souls III - The Ringed City |
Ringed City está repleta de monumentos curiosos, aqui está representado um Pigmeu carregando um enorme anel em suas costas. Como sabemos, os Pigmeus são ancestrais da humanidade. Em Dark Souls 1, vimos que quando a Primeira Chama surgiu nas profundezas da terra, Gwyn reivindicou a Alma da Luz, Nito a Alma da Morte e a Bruxa de Izalith a Alma da Vida, com estes três primeiros Lordes se tornando deuses naquele mundo. Pigmeu foi o quarto Lorde, que reivindicou a Alma Sombria, ao contrário dos outros Lordes, ele se tornou o ancestral da raça humana, sendo ela fruto da Dark Soul, em outras palavras, a humanidade nasceu da escuridão e, segundo Kathee, a Era das Trevas, seria também a "era dos homens". Pigmeu também fundou uma dinastia de reis pigmeus (como é mostrado em Dark Souls III) e ainda tiveram participação na guerra contra os dragões:
Dragonhead Greatshield"Este escudo, duro como uma grande rocha, é formado pela cabeça do descendente de um Arquidragão.
Os Cavaleiros Anelados, por comando dos deuses, estavam entre as fileiras que partiram para matar os dragões, mas suas contribuições nunca foram elogiadas."
A armadura dos Cavaleiros Anelados também vai dizer que esses guerreiros que participaram da guerra, são conhecidos como os "primeiros homens". Porém, os deuses apagaram seus feitos, tanto que no primeiro Dark Souls, a comunidade pensava que Pigmeu havia se escondido durante a Era dos Anciões e florescido apenas durante a Era do Fogo, mas não, isso era mentira.
Após a guerra, no amanhecer da Era do Fogo, Gwyn concedeu aos pigmeus, a Cidade Anelada, no fim do mundo, para isolá-los e em contrapartida apagando da história a participação dos humanos na guerra.
Nas palavras da serpente Kaathe, quando a Era da Escuridão começava a se aproximar, Gwyn começou a temer os humanos, por isso ele alterou a ordem natural do mundo, sacrificando sua alma na Chama para prolongar artificialmente a Era do Fogo, isso também ficou conhecido como O Primeiro Pecado, que despertou a ira de outros deuses como Velka, mas isso será assunto para outro artigo...
Em Dark Souls II, Aldia diz:
"Uma vez, O Lorde da Luz baniu a escuridão e tudo o que vinha da humanidade. E os homens assumiram uma forma fugaz. Estas são as raízes do nosso mundo."
O termo "fugaz", significa temporário, o que significa também que foi Gwyn que criou a maldição dos mortos-vivos, mas isso também nos abre uma hipótese maior, de que a maldição dos mortos-vivos é "temporária", ou seja, ela só vai contaminar a humanidade quando a Era do Fogo entrar em crise, quando as Trevas começam a cair sobre o mundo, a maldição cai sobre a humanidade novamente. Por isso Kaathe diz, que Gwyn queria pastorear os humanos, pois ele de alguma forma atrelou a natureza sombria da humanidade à Chama Primordial.
Então vamos entender como tudo iniciou e funciona. Em Dark Souls 1, o Gravelord Nito representa o conceito da Morte. Obviamente a morte existe independente dele, mas a descrição de sua Alma diz que ele é um administrador da morte de todos os seres vivos, ele manipula ela.
Máscara do Pai |
"Uma das 3 Máscaras de Pinwheel, o necromante que roubou o poder do Rei da morte e reside nas catacumbas. [...]"
Rite of Kindling |
"Este ritual secreto permite reforçar as fogueiras ainda mais com o acendimento, o que lhe permite pegar mais Estus.
O Acendimento era um ritual sagrado transmitido pelos clérigos, mas os mortos-vivos também podem imitar o processo da mesma maneira, podendo se recuperar de sua forma vazia com humanidade. O mais curioso é que os humanos não sabiam como usar a humanidade, até que se tornaram mortos-vivos."
Em outras palavras, Nito possuía um poder responsável por manipular a Humanidade nas Fogueiras, ele tinha relação com a origem da maldição.
As Fogueiras
Uma coisa que não é muito clara para a comunidade, é a natureza das fogueiras, porque elas não são fogueiras comuns e muito menos apenas uma mecânica de gameplay. As fogueiras são elementos chaves para a maldição dos mortos-vivos, elas são parte dos planos de Gwyn para pastorear a humanidade. Elas foram criadas por ele e Nito, e o ritual de criação das fogueiras é repassada pelos clérigos do Caminho Branco, religião servente a Gwyn.
O fogo que emana da fogueira, não é comum, ela é manifestação da própria Primeira Chama! Assim como Gwyn usou sua própria alma divina como combustível para prolongar a Era do Fogo, ele forçou os humanos a fazerem o mesmo! Os obrigando a queimarem humanidades nas fogueiras para não se tornarem hollows e, em troca aumentando a Chama das fogueiras, que também os permitem carregar mais Estus, o gameplay complementa o enredo. Dessa forma, cada humano também fortaleceria a Era do Fogo mesmo que um pouquinho.
Por fim, em Dark Souls III vislumbramos a origem do Darksign, este anel de fogo que representa a maldição e está no peito dos mortos-vivos. A Cidade Anelada é o berço dessa praga que assola a humanidade, seu símbolo é um anel de fogo que cerca a escuridão dos humanos.
Descrição da Armadura de Cavaleiro Anelado
“Armadura negra e deformada dos cavaleiros anelados, a armadura dos primeiros homens foi forjada no Abismo e revela um pingo de vida.
Por esse motivo, os deuses lançaram um selo de fogo nessa armadura e naqueles que a possuíam.”
Tudo na Cidade Anelada é simbólico, o anel de fogo que foi lançado nas armaduras dos primeiros homens, passou para suas carnes os amaldiçoando e, por isso passaram a se chamar de cavaleiros anelados, pois foram os primeiros a se tornarem mortos-vivos.
Lembra da estátua que mostrei no início? Ela mostra um pigmeu, carregando um grande anel em suas costas, ela representa o peso... o peso que a humanidade está condenada a carregar até o fim dos tempos.
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